O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e o comportamento. Uma dúvida comum entre pais e especialistas é se a condição pode ser herdada e de quem ela vem: do pai ou da mãe. Estudos indicam que tanto fatores genéticos quanto ambientais desempenham um papel significativo no desenvolvimento do autismo.
Pesquisas mostram que a hereditariedade é um fator importante, com uma maior probabilidade de que irmãos de crianças autistas também apresentem características do transtorno. Embora genes específicos ainda estejam sendo identificados, a influência genética pode vir de ambos os lados da família.
Além disso, fatores como a idade dos pais no momento da concepção e complicações durante a gravidez também podem aumentar o risco. Portanto, é incorreto atribuir a origem do autismo exclusivamente ao pai ou à mãe; o transtorno é resultado de uma complexa interação entre genética e ambiente. A conscientização sobre esses fatores é crucial para desmistificar o autismo e promover uma compreensão mais ampla sobre sua origem.
Quem transmite o autismo é o pai ou a mãe?
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
É verdade que o autismo vem do pai?
Estudos recentes descobriram que os pais de autistas têm uma quantidade maior de mudanças epigenéticas em seus espermatozoides em comparação com os pais de filhos típicos. Isso sugere que o epigenoma do espermatozoide pode desempenhar um papel na transmissão do risco genético para o autismo.
De quem herda o autismo?
Uma pesquisa feita pelo JAMA Psychiatry em 2019, com 2 milhões de pessoas, de cinco países diferentes, mostra que cerca de 97% a 99% dos casos de autismo têm causa genética, destes 81% são hereditários. Além disso, sugere que 18% a 20% dos casos têm causa genética somática, ou seja, não hereditária.
Quem passa o autismo para o filho?
O autismo é causado pela somatória de fatores genéticos e/ou ambientais. Um estudo publicado pelo JAMA Psychiatry em 2019 concluiu que 97% a 99% dos casos de TEA têm origem nos genes, sendo que 81% deles são hereditários.
Um estudo recente identificou 134 genes associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), reforçando a importância da genética na compreensão dessa condição. De acordo com os dados, entre 97% a 99% dos casos de autismo têm origem genética, sendo que 81% das mutações são hereditárias. Isso indica que a herança genética, especialmente da mãe, desempenha um papel crucial no aumento do risco de desenvolvimento do autismo.
Além das mutações hereditárias, o estudo também aponta que alterações nas mitocôndrias, as usinas de energia das células, podem contribuir para o transtorno. Essas mutações afetam a produção de energia celular, levando a consequências no comportamento e desenvolvimento.
Outro fator importante mencionado é a metilação do DNA, que pode impactar a ativação ou desativação de genes, resultando em problemas comportamentais. Essa dinâmica sugere que, além da genética, fatores como alterações no esperma do pai também podem influenciar o risco de autismo.
Embora a genética seja um fator predominante, é fundamental reconhecer que o autismo não é exclusivamente causado por hereditariedade. Fatores ambientais desempenham um papel significativo, e casos de famílias com múltiplos membros diagnosticados com autismo reforçam a complexidade dessa condição.
Em resumo, o entendimento do autismo envolve uma interação complexa entre genética e fatores ambientais, destacando a necessidade de mais pesquisas para desvendar as causas e mecanismos subjacentes a esse transtorno.
O autismo é uma condição complexa e suas causas envolvem fatores genéticos. Muitas pessoas se perguntam: O autismo vem do pai? Estudos sugerem que tanto o pai quanto a mãe influenciam. O mito de que o autismo é culpa da mãe é incorreto. Entenda melhor porque o autismo pode ser herdado de forma equilibrada.
A origem do autismo é um tema complexo que envolve múltiplos fatores genéticos e ambientais. Pesquisas indicam que tanto a herança paterna quanto a materna podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno, mas não há uma resposta definitiva sobre a predominância de um dos lados. A interação entre genes e ambiente é crucial, e entender essa dinâmica pode ajudar na conscientização e no apoio às famílias. Portanto, é essencial continuar a pesquisa nesse campo para desmistificar as causas do autismo e promover uma abordagem mais inclusiva e informada.